sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O Carnaval nosso de cada ano.






É, janeiro se esvaindo no tempo, e fevereiro apontando em breve, e é inegável que esse mês é associado ao carnaval desde sempre no nosso país. Tudo bem, tudo bem, é fato que vez ou outra com vários planetas alinhados, ele acontece em março também, mas isso não vem ao caso e discorramos sobra a adorada festa popular brasileira.

Pra começar avisando os incautos que acham que essa festa é genuinamente (tachado meu, que os bons entendedores compreenderão) brasileira, vocês estão enganados amigos essa festa era pra burguesia europeia vitoriana de tantos séculos atrás, originalmente, de popular não tem nada. O que temos por aqui é uma mera adaptação, muto bem adaptada ao nosso clima tropical, com predominância de putaria, malandragem, violência DST’s disseminadas e muitos escorpianos (alguns sagitarianos também) nascidos depois da folia (de novo; os bons entendedores, entenderão ;D)

Além de originalmente ser feita pros filhinhos de papai da gringa, o que pode haver de popular em uma camiseta regata que custa até R$ 1000,00¿  (leia-se abadá), ou então os camarotes¿ Popular¿ Boa, conta outra! Ahhhh Glauber, seu burro, mas tem os carnavais “na faixa” na avenida meuuu, bora lá!! De graça meu caro¿, vai ver quanto sua prefeitura pagou pra essa rapaziada tocar de graça, e até onde eu sei, eu, tu, ele, nós, vós pagamos a grana da prefeitura então não acredite mais nessa do seu prefeitinho sem vergonha quando ele vier com esse papinho furado. Garantir o circo pro povo, e o pior é que nem o pão eles distribuem pra população. Alienados e famintos;  antes pelo menos éramos só alienados, tínhamos  o “Circo e o pão”. Quanto à qualidade das músicas, não vou entrar no mérito dessa questão, mas é inegável o escracho que essas letrinhas fazem com a mulher, o louvor à sacanagem e todo o resto.

E todos os recursos estatais à mercê dos bebuns¿ Já pararam pra contar o tanto de ambulância que tem para atender a rapaziada que passa mal e os valentões que curtem um quebra-pau durante as festividades¿ Por que não empregar essa vontade, esse esforço todo diuturnamente¿ Coitada da gestante que precisar dar luz nessa época; o trabalhador infartando; e o idoso passando mal na área rural da cidade, nossa, esse aí já era, morreu.  Policiais e bombeiros em peso à disposição da galera, enquanto que no resto do ano, mal dá pra exercer o direito de ir e vir (em algumas não dá nenhum um pouco).

Pôôôô Glauber, deixa de ser mala meuuu, o carnaval faz girar a economia cara, se liga! Os cara ali tudo vendendo cerveja e espetinho. Ok pessoal, mas é durante todo o ano que tem carnaval¿ E no resto do ano que não tem uma festa desse porte¿ O pessoal passa fome¿ Não meus caros, eles não dependem do carnaval para seus negócios, apenas aproveitam a oportunidade. A economia gira sim, na mão dos donos de trios elétricos, um e outro artista, e os fabricantes de cerveja, ahhh como a economia gira pra esses,  principalmente os últimos. De resto meus caros é só prejuízo; basta parar pra pensar no tanto de atendimentos nos postos e hospitais que fazem aumentar seus recursos, consequentemente as despesas públicas, disseminação de DST’s, acidentes de trânsito, indenizações por morte e invalidez, que por lei o estado tem de bancar pra vítima, , todas essas despesas queridos, quem paga somos eu, tu, ele, nós, vós, não tem jeito, o saldo é de prejuízo, muito prejuízo.

Sem contar que a Rede globosta aproveita o ensejo e exibe o desfile das escolas de samba. Ahhh você acha que eles iam perder a chance de colocar uma rapaziada na frente da tv ver umas gostosas seminuas¿ Não mesmo!

O carnaval até já deve ter sido bom, mas isso foi antes de eu, tu, nós, vós nascermos. O que sobrou pra gente¿ Só o circo, por que nem pão tem mais.

                                                               By Glauber Corrêa.

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